Trabalho realizado para o módulo de "A escola e os seus agentes perante a exclusão social" do Doutoramento em Educação Social Sónia Carla Aroso Azevedo sonia_azevedo[arroba]sapo.pt Universidade de Granada Universidade Portucalense Granada/OPorto 2004. Portugal http://br.monografias.com/trabalhos/violencia-nas-escolas/violencia-nas-escolas.shtml As causas da violência são inúmeras, não sendo fácil fazer uma inventariação de todas. Não existem dados estatísticos concretos acerca do número de jovens actores e alvos de violência, no entanto, o Instituto Nacional de Estatística (INE) apresenta uma tabela onde são detectadas as problemáticas em crianças e jovens, bem como as medidas tutelares aplicadas em processos concluídos em 2001. No ano de 1998 foram acompanhados crianças e jovens em risco num total de 2.979 indivíduos. Todavia, em 2001 o total de crianças e jovens adolescentes era de 9.504, ou seja, quase que quadruplicou. São ainda apontadas como situações de risco: abandono, negligência, abandono escolar, absentismo escolar, maus tratos, abuso sexual, trabalho infantil, exercício abusivo de autoridade por parte dos pais e outras situações de risco. Como condutas desviantes observadas nos menores, são enumeradas a prática de actos qualificados como crime, uso de estupefacientes e ingestão de bebidas alcoólicas e outras condutas desviantes. De referir que o número destas situações de perigo foram aumentando de 1998 até 2001. Judicialmente, são descritas as medidas tutelares aplicadas em processos finalizados nos anos citados. Em 1998 as medidas foram num total de 1.619, contrariamente no ano de 1999 em que o número ascendeu às 3.701 medidas, observando-se contudo um decréscimo nos anos subsequentes. Convém ainda sublinhar que a medida tutelar mais aplicada nestes quatro anos foi a de acompanhamento educacional, social, médico e psicológico. São apontadas como causas da violência: a. A Família. É neste núcleo que as crianças e jovens adquirem os modelos de conduta que exteriorizam. A pobreza, violência doméstica, alcoolismo, toxicodependência, promiscuidade, desagregação dos casais, ausência de valores, detenção prisional, permissividade, demissão do papel educativo dos pais, etc., são as principais causas que deterioram o ambiente familiar. Normalmente, os indivíduos que vivem estas problemáticas familiares são sujeitos e alvos de violência. Há famílias que participam directamente na violência que ocorre nas escolas. Impotentes para lidarem com a violência dos seus descendentes, acusam os professores de não «domesticar» os seus filhos, instigando a agressividade e, em extrema instância tornam-se eles mesmos violentos, agredindo os professores e funcionários; b. Os alunos. O que faz com que um aluno exerça violência? Muitas vezes a raiz do problema não se centra na educação. O jovem apresenta problemas que deveriam ser direccionados para a saúde mental infantil e adolescente, para a protecção social ou até judicialmente. O cerne da questão é que muitas escolas tentam resolver os problemas para os quais não estão preparadas e que não são da sua competência. Na verdade, todos os alunos são potencialmente violentos, sendo a escola sentida como uma imposição por parte da família ou do Estado. Porque os alunos estão contrafeitos, as aulas são para eles locais de constrangimento e de repressão de desejos. Alguns alunos conformam-se e conseguem permanecer na escola sem fazerem grandes distúrbios. Outros revoltam-se, colocando em causa as normas estabelecidas, a autoridade e insurgem-se contra os professores e colegas como acto de poder e robustez física. c. Os grupos e turmas. Enquanto conjunto estruturado de indivíduos, têm fulcral importância nos processos de socialização e de aprendizagem nos jovens. Influenciam certos comportamentos que os adolescentes demonstram, sendo o resultado de processos de imitação de outros membros do grupo. Em certas manifestações públicas de violência, os jovens procuram obter segurança, respeito e prestígio pela restante comunidade escolar. Numa sociedade onde os grupos familiares estão cada vez mais desagregados, este vazio é preenchido por estes grupos formados a partir de interesses e motivações diversas. d. A escola. No passado, e ainda hoje se regista, alunos com menos capacidades intelectuais são estigmatizados, esquecidos no fundo das salas de aula. Ao fazê-lo, criam focos de revolta por parte daqueles que legitimamente se sentem marginalizados. A escola de hoje, que se auto-intitula de inclusiva, não o é de facto. A este propósito Jacques Delors (1996: 48) aconselha os "sistemas educativos" a não conduzirem, "por si mesmos, a situações de exclusão. O princípio de emulação, propício em certos casos, ao desenvolvimento intelectual pode (…) ser pervertido e traduzir-se numa prática excessivamente selectiva, baseada nos resultados escolares. Então, o insucesso escolar surge como irreversível, e dá origem, frequentemente, à marginalização e exclusão sociais." Na realidade as escolas não estão preparadas para enfrentar a complexidade dos problemas actuais, designadamente os que se prendem com a gestão das suas tensões internas. A crescente participação dos alunos, pais, entidades públicas e privadas nas decisões tomadas nas escolas, tornou-se uma fonte de conflitos e não raramente terminam em situações de descontentamento e de agressividade. As associações de pais, quando funcionam, encaram muitos dos professores como incompetentes que aproveitam todas as ocasiões para se furtarem às aulas e recorrerem à baixa por doença, para não terem que enfrentar os alunos e os problemas daí adjacentes.
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Jovem entra em trabalho de parto na escola, dá à luz e volta para prova
Duas adolescentes em Uganda entraram em trabalho de parto durante provas finais nas escolas onde estudavam, deram à luz e voltaram no mesmo dia para terminar os testes, em um caso que teve grande repercussão no país. De acordo com o correspondente da BBC em Uganda, Joshua Mmali, muitos no país africano ficaram impressionados com a determinação das duas estudantes. O primeiro caso aconteceu na área rural de Masindi, na segunda-feira. Fiona Bbaale, de 18 anos, começou a ficar inquieta durante a prova realizada na Escola Primária de Kiryandongo, chamando a atenção dos supervisores. "A dor começou um tempo depois do começo da prova. Quando perguntaram o que havia de errado, os supervisores perceberam que a menina estava grávida", disse Deogratius Byakagaba, autoridade de educação do distrito de Masindi, ao site de notícias All Africa.com. Enquanto os colegas continuaram com a prova, Bbaale foi levada ao hospital local onde deu à luz uma menina chamada Nambuuzo, que significa "nascida durante a prova". Mãe e filha estavam bem, mas Bbaale não teve muito tempo para ficar com a recém-nascida. Ela voltou rapidamente para a escola e fez a prova de inglês na mesma tarde. Médicos cuidaram da criança durante a ausência da mãe. No dia seguinte uma outra aluna deu à luz um menino, em Kibaale, entre as provas de matemática e ciências. As duas jovens mães faziam os exames finais do ensino primário, que ocorrem nesta época do ano no país inteiro. No total, de acordo com o site All Africa.com, 516.890 alunos fizeram as provas finais do ensino primário no país. Segundo Mmali, nas áreas rurais de Uganda é comum meninas de até 18 anos frequentarem a escola primária.
Relatório apoiado pela Unicef indica que muitas crianças não vão à escola para ajudarem as famílias em atividades geradoras de rendimento; 2/3 da população do país vive com menos de U$ 1 por dia. Menores fora da escola Cerca de 300 mil crianças não frequentam a escola na Serra Leoa devido a uma combinação de fatôres que incluem a pobreza, gravidez precoce e a necessidade de menores contribuirem para o sustento de suas famílias. A afirmação consta de um relatório publicado pelo ministério da Educação do país em colaboração com o Fundo da ONU para a Infância, Unicef. Linha da Pobreza Segundo o estudo, em muitas famílias pobres, as crianças não vão à escola para poderem trabalhar e ajudar os pais a reforçar o orçamento familiar. 87% das crianças entrevistadas na pesquisa estão envolvidas em atividades geradoras de rendimento. A Serra Leoa continua a ocupar a última posição no Index de Desenvolvimento Humano da ONU. Cerca de 2/3 da população vive abaixo da linha da pobreza, com menos de U$ 1 por dia. Relatório indica que a maior parte das crianças que não vão às escolas é deficiente, órfã ou vive longe dos seus pais biológicos. Gravidez Precoce Nas regiões rurais, a localização das escolas a longas distâncias das aldeias, também desencoraja a frequência académica. A gravidez precoce é outro fator que mantem menores fora das escolas. O aumento do número de crianças grávidas, tanto nas zonas rurais como nas cidades, leva muitas vezes os pais a retirarem as filhas da escola. Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova Iorque.
UNIÃO
Se não unirmos forças, não teremos sucesso na formação dos nossos alunos. Estou conscientizando-me e conscientizando os alunos que sem esta parceria não faremos um curso de sucesso. Fica incompleto, os alunos precisam saber que sem a participação direta deles não teremos êxito na formação de profissionais. Deixar claro que a responsabilidade de um curso produtivo também é deles. E que juntos, nós professores e alunos podemos transformar qualquer curso em excelência. Oswaldo Luiz de Moraes
Estou na área da educação ha quase vinte anos como técnico de ensino.
Mas sinto-me hoje um intermediador de conhecimentos, onde viso capacitar pessoas, com o objetivo de ocuparem no mercado de trabalho boas colocações. Conquistando assim uma melhora da vida profissional e promovam o conforto necessário para si e suas famílias, aumentando assim a qualidade de vida e a qualidade emocional.
Se eu não fizer diferença e não conseguir transformar a vida de meus alunos para melhor, minha carreira na área de educação não fará sentido para mim e nem para o País.